ARQUIVO GERAL

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Dia Mundial do Vigilante da Natureza

Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática assinala Dia Mundial do Vigilante da Natureza

Em pleno Dia Mundial do Vigilante da Natureza, o Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, saúda todos os Vigilantes da Natureza dos Açores, reconhecendo, enaltecendo e agradecendo o trabalho realizado por estes profissionais, de enorme relevância para a proteção e conservação do património natural.

Alonso Miguel destacou o papel fundamental dos Vigilantes da Natureza “na monitorização e vigilância das áreas protegidas, na conservação da natureza, na proteção da biodiversidade e na preservação da qualidade ambiental das nove ilhas, que representa um dos maiores ativos da Região”.

"Os Vigilantes da Natureza são a primeira linha de defesa e proteção do património natural único dos Açores, sendo que a nossa biodiversidade, as nossas florestas, as nossas turfeiras, providenciam um conjunto de serviços de ecossistemas fundamentais para a saúde, bem-estar e segurança das populações, uma vez que são determinantes para qualidade do ar, a saúde dos nossos solos, a qualidade dos nossos alimentos, a recarga de aquíferos e a disponibilidade e purificação dos nossos recursos hídricos, bem como para a minimização diversos perigos naturais, como cheias e inundações, movimentos de vertente, secas, incêndios, pragas ou poluição dos recursos naturais”, declarou.

A gestão e proteção de todo este excecional património natural é uma peça-chave para a imagem de marca de sustentabilidade dos Açores, que é cada vez mais procurada e valiosa e que, por isso, representa um extraordinário ativo turístico e um catalisador do desenvolvimento económico e social da Região, sendo que os Vigilantes da Natureza são os seus guardiões”, acrescentou.

Alonso Miguel referiu ainda que os Vigilantes da Natureza prestam ainda um serviço extraordinariamente importante ao nível da educação e sensibilização ambiental da comunidade, sendo este um aspeto essencial para uma mudança de atitude e para a adoção de hábitos e comportamentos ambientalmente sustentáveis.

De acordo com o Secretário Regional, com o acentuado crescimento das competências atribuídas à tutela do ambiente nos últimos anos, “os Vigilantes da Natureza passaram a configurar também ativos fundamentais para a realização de uma vasto conjunto de missões operacionais, designadamente no âmbito do Relatório do Estado das Ribeiras dos Açores (RERA), da monitorização de térmitas na Região, da monitorização do Radão em todas a ilhas, no resgate de aves e outros animais e no apoio em situação de arrojamento de cetáceos, sendo ainda responsáveis por dar resposta a milhares de situações comunicadas, anualmente, na Região, através da linha SOS Ambiente e da Plataforma 'a Minha Ilha', ou presencialmente nas instalações dos Serviços de Ambiente e Ação Climática de cada ilha”.

São, de facto, elementos fundamentais para o funcionamento da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática, e, acima de tudo, para a proteção do ambiente e para a conservação da natureza”, destacou. 

O Dia Mundial do Vigilante da Natureza foi instituído pela International Ranger Federation (IRF) em 2007, como forma de homenagem e reconhecimento a todo o trabalho realizado pelos Vigilantes da Natureza, em prol da defesa do património natural, conservação da natureza e da preservação da qualidade ambiental.

Alonso Miguel revela que “o Governo Regional tem vindo a realizar um esforço financeiro muito significativo, para dotar e capacitar do ponto de vista operacional a atividade dos Vigilantes da Natureza nos Serviços de Ambiente de cada ilha, e por esta via, dotar de meios adequados a atividade dos Vigilantes da Natureza, com a aquisição de equipamentos essenciais para sua atuação, como viaturas ‘pick-up’, embarcações pneumáticas, equipamentos tecnológicos e operacionais, fardamento e 'drones', num investimento que ascende já a cerca de um milhão de euros”. 

A aquisição de nove 'drones', para cada um dos Serviços de Ambiente e Ação Climática de ilha e respetiva formação aos Vigilantes da Natureza para a sua utilização, num investimento de cerca de 60 mil euros, é um exemplo importante da capacitação realizada, que veio tornar mais eficaz e segura a ação destes profissionais”, prosseguiu. 

Mais recentemente, foram também entregues aos Vigilantes da Natureza da ilha do Pico, novos equipamentos e vestuário de montanhismo, para que possam percorrer, com regularidade, o trilho da Montanha, designadamente andadores, mantas térmicas, capas impermeáveis, casacos, botas, óculos de neve, luvas, gorros, golas, calças de verão e inverno e camisas térmicas.

O Secretário Regional realçou, ainda, “o reforço do corpo de Vigilantes da Natureza, ao nível dos recursos humanos, realizado em 2024, com a abertura de concurso para recrutamento de mais 12 elementos para os quadros dos Serviços de Ambiente e Ação Climática de diversas ilhas, que veio aumentar o efetivo para 53 Vigilantes da Natureza nos Açores”.

E prosseguiu: "para além de todos estes investimentos e esforços realizados, persiste, no nosso entender, uma lacuna significativa, que não depende do Governo Regional, mas sim do Governo da República, que se refere à revisão da carreira dos Vigilantes da Natureza, com vista à valorização da sua atividade e do seu estatuto profissional, e que possa, sobretudo, introduzir a categoria de técnico superior, uma vez que, neste momento, cerca de metade dos Vigilantes da Natureza dos Açores detêm licenciatura ou até graus de habilitação literária superiores”.

Esta é uma matéria prioritária a abordar com a respetiva tutela do Governo da República, e que tenciono efetivar nos próximos contatos, alertando para a necessidade urgente de revisão da carreira dos Vigilantes da Natureza, até porque em 2023, o anterior Governo da República anunciou, no Faial, que até ao final do ano concretizaria essa revisão, o que acabou por não se verificar. Caso contrário, arriscamo-nos a perder profissionais altamente formados, dedicados e competentes numa carreia que é fundamental para os Açores, em busca, legitimamente, de melhores condições profissionais e pessoais”, concluiu.

Governo dos Açores

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